Aparecida de Goiânia
Culto ecumênico reforça luta contra intolerância religiosa em Aparecida
Evento contou com a integração de representantes de vários segmentos religiosos
A Secretaria de Articulação Política de Aparecida, por meio da Coordenadoria de Igualdade Racial, realizou na manhã desta sexta-feira, 20, um Culto Ecumênico em alusão ao Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa, celebrado no dia 21 de janeiro. O evento reuniu líderes católicos, espíritas, kardecistas, evangélicos, judaícos, mulçumanos, umbandistas e candomblecistas.
O prefeito Vilmar Mariano destacou que a intolerância religiosa é “Esse momento é muito importante para conhecer e entender sobre cada religião. Muitas vezes a intolerância existe por falta de conhecimento. O nosso dever é respeitar a diversidade religiosa e promover a dignidade das pessoas”, afirmou.
Amor ao próximo, paz, respeito, união, liberdade e tolerância foram algumas das palavras mais citadas durante a encontro. “Somos iguais nas nossas diferenças e filhos de um mesmo Deus. A intolerância religiosa divide a sociedade e causa prejuízos. Eu já sofri preconceito como muitas pessoas aqui, mas me tornei mais forte para combater esse mal”, acrescentou o secretário de Articulação Política, Marlúcio Pereira.
O coordenador de Igualdade Racial, André Luís, afirmou ainda que combater é uma forma de promover dignidade. “A intolerância religiosa é uma clara violação aos direitos humanos. É essencial a nossa unidade para o combate às desigualdades, a violência e todas as agressões aos direitos humanos”.
Representante da comunidade tradicional de matriz africana, Maria Mendes destacou a importância do respeito a diversidade religiosa. “A violência muitas vezes é causada por atos de intolerância e preconceitos. A pluralidade de religiões está no nosso meio. Somos filhos de um mesmo Deus e o respeito as diferentes manifestações de fé é o caminho a ser cultivado”, afirmou.
A Irmã Mikelina, da Congregação das Irmãs Ursulinas de São Carlos, também reforçou a importância de combater as várias formas de intolerância ao destacar que “amar o próximo” é o maior mandamento de Deus. “
“Quando a gente respeita o outro, vivemos melhor. A perseguição não é religião, mas amar o próximo é a maior religião”, destacou o Padre Cristiano Lopes, da comunidade católica ortodoxa, em Aparecida de Goiânia. Membro da comunidade muçulmana, Juliano Cardoso completou: “O que mata as pessoas é a ignorância. Precisamos da união dos povos, a tolerância, a paz, e o amor do Pai”.
O pastor evangélico Ivo Martins e o padre João Luiz também discursaram em prol da unidade, da fraternidade e da liberdade de fé e de crença. Também fizeram orações e abençoaram os participantes do culto ecumênico.
Marcaram presença no evento os secretários Sulnara Santana (Assistência Social), Jeferson Ferreira (Trabalho), Felimar Martins (Indústria e Comércio) e Ozéias Laurentino (Comunicação), os secretários executivos Divino Ajax (Apoio a Gestão) e Rosildo Manoel (Centenário), além dos vereadores Willian Panda (PSB) e Vencerlino Amendoim (PDT).
Participaram também o Delegado Joaquim Adorno (Grupo Especializado no Atendimento à Vítima de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), Salmo Vieira (Federação de Umbanda e Candomblé do Estado de Goiás), Júio Cézar Passinato (representando o Ministério Público de Goiás) , Adriana Gonçalves (Coordenadoria de Direitos Humanos), José Aparecido (comunidade Kardecista), Tarcísio Santos (Maçonaria), Juliano Cardoso (comunidade mulçumana), além de membros de todos os segmentos religiosos.