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Alego realiza cerimônia de instalação do Parlamento Jovem Goiás

Deputados e diversas autoridades do Estado participaram, nesta quarta-feira, 20, na Assembleia Legislativa, da instalação do Parlamento Jovem Goiás, programa de formação política voltado a estudantes universitários. O programa é uma extensão acadêmica, que tem como objetivo despertar nos jovens o interesse pela atividade parlamentar e ainda formar cidadãos conscientes do funcionamento das instituições políticas. Na solenidade, o presidente Bruno Peixoto anunciou a ampliação no número de vagas do programa.

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) promoveu, na tarde desta quarta-feira, 20, no Auditório Carlos Vieira, a instalação do novo Programa Parlamento Jovem, que oferece a estudantes universitários, acima de 18 anos, a oportunidade de simular a jornada no âmbito Legislativo.

O programa tem como objetivo aproximar estudantes universitários do poder público, especificamente, do Legislativo, além de contribuir com a formação cidadã e educação política dos acadêmicos, proporcionando uma experiência de aprendizagem focada na juventude, com espaço para refletir sobre política, democracia e o papel do Poder Legislativo, de forma prática e didática.

Inicialmente, houve a composição da mesa, com o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB); o diretor da Escola do Legislativo da Alego, Marcos Antônio Filho; a coordenadora do Parlamento Jovem Goiás, Mariza Barbosa; o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico Netto; o jornalista Matheus Ribeiro; o presidente da Comissão de Direito Constitucional de Legislação da OAB Goiás, Saulo Pinto e os deputados estaduais, Rosângela Rezende, Veter Martins e André do Premium.

Durante o evento, a primeira a discursar foi a coordenadora do Parlamento Jovem Goiás, Mariza Barbosa. No momento, ela agradeceu a presença de todos os presentes, em especial o deputado estadual Bruno Peixoto. “Agradeço a confiança do senhor, por trazer os jovens para vivenciar o Parlamento”, disse. Mariza ainda explicou que os participantes, finalistas do programa, podem ter seus projetos de lei aprovados, em Plenário, pelos parlamentares.

A deputada Rosângela Rezende (Agir) disse que a oportunidade de simular o Parlamento goiano é única. “Tenho esperança que algum de vocês encontre propósitos nessa jornada”, pontuou. Ela também comemorou a quantidade de mulheres inscritas no programa. “Foram mais de 400 mulheres inscritas. Esse número é maior que o dos homens”.

O deputado Veter Martins (Patriota) também parabenizou todos pela iniciativa do projeto e ressaltou a importância da ação. “Eu não tive a oportunidade que vocês vão ter aqui. Mas tenho muito orgulho de poder exercer a função de parlamentar”, disse. Já André do Premium (Avante) desejou boas-vindas aos ingressados no programa. “Essa é uma oportunidade incrível. Não tenho dúvidas que aqui pode sair um vereador por Goiânia, um deputado e quem sabe até um presidente da República”, afirmou.

O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Bruno Peixoto, ao iniciar sua fala, questionou os presentes sobre o que é coeficiente eleitoral. Ele explica que o termo condiz ao número de vagas dividido pelo número de votos válidos. Peixoto também falou sobre as prioridades que um possível candidato deve buscar. “O primeiro pré-requisito é, além de idade e domicílio, filiação partidária. É de extrema importância que um candidato seja filiado a algum partido”, frisou.

Peixoto pontuou acerca da análise do candidato durante o início da carreira política. “Analisar o partido, antes de tudo, é o mais importante”. Ele afirmou que é, sim, um entusiasta do Parlamento Jovem. “Esse trabalho de orientá-los é de extrema importância. Ele vai além, não é apenas votando matérias”. O deputado ainda explanou sobre as funções de um parlamentar. “Nosso trabalho é 24 horas por dia. Nós representamos mais de 7 milhões de habitantes no Estado. Representamos mais de 240 municípios”.

Bruno, durante seu discurso, anunciou a ampliação das vagas para o Programa Parlamento Jovem. “Abriremos mais 41 vagas. Ou seja, passaremos a ter 161 vagas dentro do programa”.

Palestras 

O primeiro a palestrar foi o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, José Frederico, que tratou sobre: “A ciência e a tecnologia como base para o desenvolvimento econômico”.

Frederico discorreu sobre a importância de inovar em qualquer âmbito e em qualquer carreira: “Aproveite para testar algo que para você é diferente”. José disse que ser político pode ser um “caminho” para realizar os sonhos. “Se vocês têm um sonho parecido, de ser um político, de ser um secretário, participem de uma campanha. Ano que vem já é uma oportunidade”. Ele também defendeu a importância da ciência: “Ela [a ciência], sem dúvidas, é primordial para entendermos várias questões”.

A segunda palestra, sob tutela do presidente da Comissão de Direito Constitucional e Legislação da OAB Goiás, Saulo Pinto Coelho, tratou sobre: “A lei como tecnologia social: qualidade da lei e qualidade das políticas públicas”. Inicialmente, ele disse que a OAB apoia, firmemente, a realização do programa.

Na sua fala, Coelho fez uma reflexão sobre algumas questões do porquê a lei pode ser utilizada como uma tecnologia social e sobre a sua fundamentação: “Eu acho fundamental que a gente entenda que essas questões são um rumo de partida pra gente falar sobre leis com mais propriedade e entendimento”. Saulo disse ainda que pensar em legislação, enquanto política pública, é enobrecer a arte de legislar.

Por fim, ele reforçou que a vivência é a melhor prática para o aprendizado: “O que vocês vão viver são rotinas, modos de atuar e entender como um projeto de lei se torna um projeto de lei. Vocês vão também indagar sobre o que a lei influencia na sociedade”.

Ainda teve lugar de fala, o jornalista Matheus Ribeiro, que abordou sobre o tema: “O jornalismo e a política, expectativas e legislação”. Ao iniciar, Matheus falou que a comunicação sempre tomou conta de sua vida, apesar da encantação pela política e o seu sonho em ser um representante do Parlamento.

Ribeiro pontuou sobre a importância da estruturação das políticas públicas. “Nós vivemos em um País que aboliu a escravidão a pouquíssimo tempo. Nós vivemos num País desigual. Nós vivemos num País preconceituoso. Nós vivemos num País machista. Nós vivemos num País discriminatório. E este País não estruturou políticas públicas que favoreçam a renovação política. Daí a importância de projetos como esse, que preparam jovens para o exercício da cidadania fundamental para uma sociedade melhor”, disse.

André Cançado, que, atualmente, é coordenador acadêmico do Programa Parlamento Jovem e ex-participante do programa, falou sobre sua experiência e as ações executadas durante o processo. “O Parlamento Jovem mudou minha vida, no sentido profissional, no sentido de entender mais sobre a política”, experienciou o jovem que fez parte da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, durante o período que participava do projeto.

Ele direcionou a fala aos inscritos e candidatos do programa: “Vocês estarem aqui é uma mega experiência, que, certamente, mudará a vida de vocês”.

Outros ex-participantes, como Marcos Antônio da Silva, que atuava como ex-presidente da simulação do Programa Parlamento Jovem, também relatou a experiência: “A simulação pode entregar para você uma sensação muito além da própria simulação”.

Como vai funcionar o programa

Cada edição simulada do Parlamento Jovem Goiás será composta por 41 deputados estaduais, 41 assessores parlamentares, cinco procuradores legislativos, dez profissionais de imprensa e dez monitores. Os temas dos debates e dos projetos serão escolhidos pelos alunos com supervisão do assessoramento temático.

A execução do programa observará os procedimentos regimentais da Assembleia Legislativa de Goiás, relativos aos trâmites das proposições, inclusive quanto à iniciativa, à publicação, à discussão e à votação nas comissões e em Plenário, bem como expedição de autógrafos. Os trabalhos do programa serão dirigidos por uma Mesa Diretora, eleita pelos deputados, composta pelo presidente, vice-presidente, 1° secretário e 2° secretário.

O programa oferece também 100 horas de atividade extracurricular, com direito a diploma.

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