Alego

Palácio Maguito Vilela, sede do Legislativo, completa um ano

Há um ano, o Parlamento abria as portas, oficialmente, para o povo goiano. A nova sede do Poder Legislativo de Goiás foi inaugurada no dia 27 de abril de 2022 e é considerada um marco na história legislativa do estado, já que é a primeira vez que a Alego passou a ter uma sede própria. O atual presidente da Casa, deputado Bruno Peixoto, acompanhou de perto a construção da nova sede, que acredita, ser uma grande conquista, um patrimônio dos goianos, tornando-se referência para as demais casas legislativas do país.

Em 12 meses de funcionamento, a nova sede do Legislativo já foi palco de decisões importantes para o povo goiano. O prédio mais amplo deu melhores condições de trabalho aos parlamentares e servidores, o que resulta em uma prestação de serviço mais eficiente à sociedade. E o cidadão que precisa trazer suas demandas ao Legislativo pode ser atendido com mais conforto.

Por muitos anos, o secretário de Cerimonial da Assembleia Legislativa, Jardel Henrique Coutinho, exerceu suas atividades nas sessões, audiências e outros eventos na antiga sede da Assembleia Legislativa de Goiás, no setor Oeste, em Goiânia. Foi testemunha de debates acalorados e decisões importantes.

Ele também viu o prédio do Poder Legislativo ficar acanhado para abrigar o número crescente de pessoas que buscavam seus representantes na Casa. Como muitos colegas servidores, assim como muitos deputados que passaram pela Alego, sabia da necessidade de uma nova sede para a Assembleia. Hoje se orgulha de ver o sonho realizado. “Para nós servidores é uma honra muito grande, estar trabalhando nesse prédio. Um prédio belíssimo, de uma arquitetura muito bem planejada. Muitos espaços, vários auditórios, mais conforto para nós, funcionários, como para deputados e deputadas. Nós só temos que agradecer pela nova Casa do Povo goiano”

Assim como Jardel, todos os outros servidores da Assembleia legislativa de Goiás estão podendo desempenhar suas atividades laborais em salas maiores e mais adequadas às atividades de cada setor.

Esse era justamente um dos objetivos da construção de uma nova sede para o Poder Legislativo em Goiás: proporcionar aos servidores e também aos parlamentares melhores condições de desempenhar suas atividades.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com a Seção de Serviços Médicos. Como é um departamento que atua no atendimento direto aos servidores, o espaço mais amplo na nova sede deu mais conforto tanto a quem atende, quanto a quem é atendido.

Mas para a chefe da seção, Luciene Maria Teixeira, os benefícios da transferência vão muito além do que o que foi sentido por sua equipe. “A nova sede do Poder Legislativo abriu mais espaço para a toda a população, no sentido de logística, fugindo da aglomeração do centro da Capital”, avaliou.

Outro servidor que sentiu uma grande diferença no desempenho de suas atividades diárias na nova Casa foi o técnico de áudio da Assessoria Adjunta da Audiofonia, Cleyber Cardoso Ribeiro. Ele conta que, além do ambiente, o investimento em equipamentos de alta tecnologia foi outro ponto que refletiu positivamente tanto na qualidade do som interno como também nas transmissões das sessões e outros eventos. “Em se tratando de áudio, houve a implementação de uma tecnologia que integra os equipamentos digitais ao sistema de Redes, ligada à área da Tecnologia da Informação. Essa integração possibilita a interconexão dos mais diversos ambientes da Casa, operação através de tablets, integração com outros sistemas correlatos, como, por exemplo, a TV Alego. Foram construídos novos auditórios e salas de eventos muito bem equipados com microfones, caixas de som, mesas de som digital integrados ao videowall e às câmeras de vídeo, sendo somente equipamentos de ponta e recém-adquiridos”, explica. Desnecessário dizer que a melhor qualidade nas transmissões contribui com a divulgação e a transparência dos trabalhos parlamentares.

Os deputados também ganharam mais espaço para acomodar as suas assessorias e atender melhor o público que vem em busca de solucionar suas demandas na Casa.

Para a deputada Bia de Lima (PT), que não chegou a exercer mandato na sede antiga, mas, como sindicalista, sempre estava presente na Casa, os gabinetes maiores propiciaram mais praticidade e condições para o trabalho.

Além disso, a disponibilização de um auditório principal, além de outros, menores, para a realização de audiências públicas, assembleias e outras atividades, para a deputada, foi um grande ganho, já que possibilita uma maior participação popular e ajuda a promover a democracia.

A parlamentar pondera, porém, que, no seu entendimento, dois aspectos foram mal dimensionados: o acesso aos andares superiores e, especialmente, ao plenário da Casa, que ela também considera um espaço pequeno.

Para Bia de Lima, pelo menos a acessibilidade do prédio terá que ser melhorada. “Eu penso que tem que se pensar em escadas rolantes, para que as pessoas possam acessar os gabinetes dos pavimentos superiores, assim como a população ter acesso ao plenário, pois achei o plenário pequeno para receber o povo. E aí uma Casa do Povo que tem pouco espaço para receber o povo, eu achei, de fato, que faltou se pensar amplamente nesses dois aspectos”, diz a deputada.

Já para o deputado Major Araújo (PL), que trabalhou por quase três mandatos completos no Palácio Alfredo Nasser, acredita que o novo prédio só contribui para a realização de um bom trabalho parlamentar.

Ele lembra que o prédio antigo apresentava muitos problemas estruturais, tendo havido, em algumas ocasiões, até alagamentos em partes da edificação. Até o atendimento a pessoas que vinham, especialmente do interior, era dificultado. Uma realidade bem diferente da atual. “Hoje é possível ver a realização de várias audiências públicas simultaneamente. Também é possível ver, paralelamente à realização dos trabalhos no plenário, o trabalho extra plenário nos outros ambientes que a Assembleia oferece. A gente vê também a satisfação dos servidores, que ficavam em locais que não ofereciam condições. A gente vê que melhora até o humor das pessoas que trabalham aqui. Eu falo isso até por minha equipe. Dignidade, eu resumo, nessa palavra”, avalia.

Júlio Pina (Solidariedade) engrossa o coro de parlamentares que enxergam, na nova estrutura, melhores condições de trabalho. “O estado de Goiás tem quase 250 municípios, então a Assembleia precisava de uma sede com essa estrutura. E aqui, é claro, dá mais comodidade aos servidores, às pessoas que procuram atendimento, condições do parlamentar prestar um serviço de qualidade à toda população goiana”, afirmou.

O atual presidente da Casa, Bruno Peixoto, também passou dois mandatos completos e 3 anos do terceiro, enfrentando diariamente os desafios da estrutura já há muito inadequada do Palácio Alfredo Nasser.  Endossou e acompanhou, de perto, a construção da nova sede, que acredita ser uma conquista de todos.  “O Palácio Maguito Vilela, que está completando um ano de sua inauguração, é hoje um verdadeiro patrimônio de todos os goianos. Uma estrutura totalmente moderna, acessível e que já se tornou referência para as demais casas legislativas do país. É importante destacarmos também que, com a entrega do prédio, realizada na gestão do ex-presidente Lissauer Vieira, a Assembleia Legislativa de Goiás passou a ter, pela primeira vez na história, a sua sede própria. Sem dúvidas, uma grande conquista para o Poder Legislativo, mas principalmente para toda a nossa população”, resumiu.

Histórico

A sede anterior, o Palácio Alfredo Nasser, é um prédio antigo, com mais de 50 anos de construção. Uma verdadeira joia da arquitetura, mas que já não comportava mais a estrutura do Legislativo, que aumentou ao longo dos anos, acompanhando o crescimento do estado.

Para abrigar as necessidades crescentes, foram feitas muitas adaptações e até a construção de um anexo. Mesmo assim, a Casa do Povo estava pequena para atender bem os mais de 50 mil visitantes que passavam pelo local todos os meses.

Além disso, por causa da depreciação natural do tempo, reformas constantes eram necessárias. Solução paliativa, que gastava o dinheiro do contribuinte e não resolvia os problemas.

A ideia da mudança era antiga. Vinha desde o final do século passado. E em 2005 a obra foi lançada e iniciada. Mas vieram paralisações, que se arrastaram até 2019, quando foi retomada, depois do projeto atualizado.

É justo citar três presidentes, cujas gestões foram imprescindíveis para a retomada e a materialização do sonho da nova sede: Dr. Helio de Sousa, que determinou e tomou as primeiras providências para a retomada das obras; José Vitti, que continuou o processo e conseguiu fazer nova licitação e Lissauer Vieira, que assinou a Ordem de Serviço, já em seu primeiro mês de gestão. Em 4 anos de mandato, Lissauer acompanhou, concluiu e inaugurou a nova sede.

Entregue ainda em 2021, no início do ano seguinte, após passar por vistoria e aprovação, a transferência foi iniciada e, no dia 27 de março de 2022, a Casa do Povo foi oficialmente inaugurada.

O Palácio Maguito Vilela é quase cinco vezes maior que a antiga sede. São mais de 44 mil m² de área total, sendo que o prédio tem 4 pavimentos e mais dois subsolos. A galeria também aumentou sua capacidade para receber o público: são 222 lugares disponíveis. Nos gabinetes, os deputados e assessores ganharam mais espaço para o trabalho diário: cada gabinete tem cerca de 100 m².

O então secretário de Controle de Obras e Engenharia, Rodrigo Santos, que acompanhou a execução da obra, desde que foi retomada, em 2019, afirma que o trabalho teve alguns contratempos, sendo o maior deles a pandemia de covid-19, que levantou a dúvida se os trabalhos deveriam ou não ser paralisados.

Segundo ele explicou à época, sob o aspecto da condução técnica, a paralisação total da obra naquele momento poderia implicar na perda de todos os avanços obtidos pela Alego, o que poderia atrasar a entrega da obra em anos. “A administração da ALEGO, através do Grupo de Trabalho estabelecido para a viabilização da obra, atuou intensamente no período mais crítico da pandemia, sempre buscando alternativas para minimizar os impactos da covid-19 na obra, sem deixar de respeitar integralmente as medidas decretadas pelo Governo do Estado de Goiás, bem como todos os cuidados necessários à prevenção e a não propagação da covid-19 dentro das ações de obra”, esclareceu o engenheiro à época.

Mesmo com as paralisações pontuais exigidas pelos decretos governamentais, a construtora conseguiu, com ajustes no cronograma e intensificação das frentes de serviço, entregar o prédio com seis meses de antecedência do previsto na retomada das obras.

Hoje, um ano depois do prédio sendo usufruído pelos parlamentares, servidores e população em geral, o engenheiro, atualmente secretário adjunto de Controle de Obras e Engenharia, relembra os desafios enfrentados também na transferência do prédio antigo para o novo. “A nova sede da ALEGO começou a ser utilizada ainda antes da conclusão total da obra. Tão logo os setores tinham suas obras concluídas, eles já iam sendo mobiliados, equipados e por fim ocupados pelos servidores. Foram pouco mais de seis meses nesse procedimento de transição, o que demandou grandes esforços da administração, bem como a compreensão e o espírito de colaboração por parte de todos os colaboradores da ALEGO, o que refletiu positivamente para a população”.

Para Rodrigo, a sociedade goiana tem, hoje, um Poder Legislativo com acomodações à altura de sua importância para a população. “Com nossas autoridades legislativas e nossos servidores atuantes com total dedicação e na total potencialidade para o atendimento às demandas da nossa população. Como engenheiro que contribuiu para a realização dessa meta grandiosa, sinto-me orgulhoso, e com a sensação de dever cumprido”, resume o engenheiro.

Homenagem à Iris e Maguito

Antes mesmo da inauguração, os deputados da 19ª Legislatura aprovaram o projeto de resolução da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa dando o nome de Maguito Vilela ao novo prédio. O político, ex-vereador, ex-deputado estadual e federal Constituinte, ex-senador, ex-governador do estado, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e prefeito eleito de Goiânia, no pleito de 2020, morreu em janeiro de 2021, vítima de complicações da covid-19.

Infelizmente, naquele mesmo ano, Iris Rezende Machado, um dos políticos de maior expressão no estado de Goiás, também nos deixou. Após passar mais de três meses internado por conta de um acidente vascular cerebral (AVC), o ex-deputado, ex-senador ex-governador, ex-ministro e ex-prefeito de Goiânia morreu, no dia 09 de novembro, aos 87 anos.

Em homenagem a Iris Rezende, os deputados aprovaram, por unanimidade, no mês de março do ano seguinte, projeto de resolução da Mesa Diretora, que propunha o nome de Iris Rezende Machado para o Plenário da nova sede.

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