Cultura

12ª Mostra de Cinema e Audiovisual da UEG exibe as melhores obras produzidas durante a pandemia

Evento gratuito reúne 13 obras audiovisuais feitas por estudantes da Universidade Estadual de Goiás em mostra competitiva, com curadoria de grandes pesquisadores do cinema nacional

O curso de Cinema e Audiovisual da Unidade Universitária Laranjeiras da Universidade Estadual de Goiás (UEG) promove, nesta terça-feira (20/12), às 19h, a 12ª Mostra de Cinema e Audiovisual UEG (MAU). O objetivo é exibir e dar visibilidade às melhores produções realizadas pelos discentes do curso de Cinema e Audiovisual da UnU de Goiânia – Laranjeiras, nos três últimos anos (2020-2022). O evento gratuito ocorrerá no Cine Cultura, na Praça Cívica, em Goiânia.
A 12ª Mostra de Cinema e Audiovisual UEG é coordenada pela professora Geórgia Cynara, com colaboração dos professores Sandro de Oliveira e José Eduardo Ribeiro Macedo. A arte deste ano foi cedida pelo artista e egresso da primeira turma do curso Benedito Ferreira, em seu vídeo Instrução para Clarividência (2022). A MAU tem o apoio do Cine Cultura, do Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno, da Dafuq Filmes, da produtora Hipopótamo de Biquíni, do Mercado Sapi e do Muquifu Cultural.
“O evento é um dos momentos mais esperados do ano letivo do curso de Cinema e Audiovisual. É quando as famílias e a sociedade entram em contato com os processos e resultados dos trabalhos de nossas alunas e alunos. Muitas vezes, é quando essas pessoas descobrem que existe cinema feito em Goiás”, aponta a coordenadora da mostra, a professora Geórgia Cynara.
Para o coordenador do curso de Cinema da UEG, José Eduardo Ribeiro Macedo, a oportunidade de ter suas produções exibidas em uma tela de cinema é uma coroação do trabalho de todo o corpo discente, docente e dos servidores da UnU Laranjeiras. Já o reitor da UEG, Antonio Cruvinel, destaca que “as obras apresentadas na mostra deste ano foram produzidas durante a pandemia de Covid-19, o que demonstra a competência e a capacidade de nossos professores e alunos de se reinventarem mesmo neste período de dificuldades”.
Programa 
Entre as obras selecionadas estão seis filmes de ficção, com temáticas diversas: Isolada (12′, 2020, Direção: Ana Domitila Rosa); Justa e tardia (5’35”, 2022, Direção: Matheus Aragão); Princesa (3’20”, 2022, Direção: Raquel Rosa); Anomalia (9’10”, 2022, Direção: Luís Ricardo (Raio); Guarde um sonho bom para mim (3’54”, 2022, Direção: Éder dos Santos) e Buraco vazio (fic, 9’34”, 2021, Direção: O. Juliano Gomez).
Também serão exibidos cinco videoclipes: Lastimável (3’12”, 2022, Direção: (Raio) e Nathalia Amaral); Semana passada (4’05”, 2021, Direção: Milena Carvalho); Praça da Bíblia (4’27”, 2022, Direção: O. Juliano Gomez e Maria Eduarda Cunha); Face to Face (3′, 2022, Direção: PH Macedo) e Cabocla D’água – Conceição (2’35”, 2022, Direção: Beatriz Ohana).
O curta documental Debaixo da Lona (7’09”, 2022, Direção: Carlos Raimundo, Reider Augusto, Pablo Chahoud, João Victor) e o terceiro episódio da série documental Skate62 (6’05”, 2022, Direção: Luca M Fraietta) completam a mostra competitiva.
Curadoria externa a Goiás 
A 12ª MAU contou com a colaboração de profissionais e pesquisadores renomados do cinema nacional: Marina Mapurunga, artista, pesquisadora, sonidista e professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB); Joice Scavone, doutora em cinema e estudos do som e professora da Universidade de Fortaleza (Unifor); Neli Neves, doutora em multimeios (Unicamp) e professora de História e Linguagem do Cinema, roteiro cinematográfico e continuidade da Universidade Federal Fluminense (UFF); David Terao, doutorando em multimeios (Unicamp) e pesquisador sobre apropriações do melodrama no cinema brasileiro contemporâneo; e Gabriela Alves, professora do Departamento de Comunicação Social e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Territorialidades da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
“Todas as 30 obras inscritas, as selecionadas e as não selecionadas para a Mostra, contaram com a devolutiva da curadoria, num esforço de fazer da mostra um espaço de formação e aperfeiçoamento”, avalia Geórgia Cynara.
Premiação 
As três melhores obras serão premiadas com serviços especializados concedidos pelos parceiros da mostra este ano. O primeiro lugar receberá consultoria de produção e mercado oferecida pelo Mercado Sapi; locação de equipamentos de câmera, luz e/ou som para uma produção de um próximo filme de até três diárias, no valor de 3 mil reais, num oferecimento da Dafuq Filmes.
O segundo lugar receberá consultoria de produção e mercado, oferecida pelo Mercado Sapi, e a gravação de dois programas inteiros em áudio, de até duas horas cada um, num oferecimento da produtora Hipopótamo de Biquíni. Já o terceiro lugar receberá uma “cesta básica” com produções dos artistas do Muquifu Cultural.
O Comitê de Direitos Humanos Dom Tomás Balduíno também oferecerá, como já é tradição, um prêmio especial ao filme escolhido por um júri específico, formado por pela jornalista e cineasta Cláudia Nunes e pela jornalista Clara Luiza Domingos.
Júri local 
O júri da mostra é formado por pesquisadores e profissionais atuantes no cinema em Goiás: Larry Machado, jovem cineasta, diretor de fotografia e sócio da Dafuq Filmes, coleciona grandes premiações, como o Melhor Filme da Mostra de Tiradentes, em 2019, e é egresso do curso de Cinema e Audiovisual da UEG.
Luiz Eduardo J. Fleury (Bacurau) é professor de História há 22 anos em Goiânia, com mestrado pela UFG e Doutorado pela UFRRJ, com pesquisas nas áreas de História Cultural (estudos sobre juventude e underground em Goiânia nos anos 1990).
Márcia Deretti atua na área de produção de filmes, eventos audiovisuais e publicações independentes, com destaque para o cinema de animação e quadrinhos: é produtora e diretora da CRASH – Mostra Internacional de Cinema Fantástico, atualmente na 14ª edição, e coordenadora do Dia Internacional da Animação de Goiânia.
Thaisy de Carvalho é mestranda em Ensino na Educação Básica (UFG), Especialista em Psicopedagogia e em Atendimento Especializado em Altas Habilidades/Superdotação, além de professora efetiva da Rede Estadual de Educação, onde desenvolve trabalhos de inclusão escolar e cinema.
Welbia Dias é bacharel em Comunicação Social (FIC/UFG), mestre em Preservação do Patrimônio Cultural (UFRJ/IPHAN), pesquisadora nas áreas de Comunicação Social (Audiovisual), Cultura e Direitos Humanos, tendo coordenado edições anteriores da MAU, quando integrava o corpo docente do curso de Cinema e Audiovisual da UEG.

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