Sessão especial proposta por Bruno Peixoto comemora o Dia do Exército Brasileiro na segunda-feira, 18

Conhecida como “Insurreição Pernambucana” para libertação do Nordeste, a Batalha dos Guararapes se caracterizou por reunir combatentes luso-brasileiros contra os holandeses. Naquele momento, a união de negros, índios e brancos foi decisiva para a expulsão da colônia da Companhia Neerlandesa das Indias Ocidentais, como era conhecida a capitania de Pernambuco durante o domínio holandês.

Durante aqueles tempos longínquos, os combatentes brasileiros travavam uma guerra desigual, pois não tinham armas suficientes para enfrentar o poderoso exército holandês. Dessa maneira, criaram uma estratégia diferenciada, na qual tinham por objetivo, aproveitar o conhecimento do terreno da região para fazer emboscadas contra o inimigo e, assim, superar as deficiências de armamentos e de contingente. A esperança era que os enfrentamentos pudessem acontecer no corpo a corpo, anulando o poderio bélico holandês.

Com esse plano colocado em ação, mais de 2.500 holandeses perderam a vida contra cerca de 50 portugueses. Exatamente pelo sucesso da batalha, foi possível a retomada do território pernambucano e de outras partes do nordeste. A partir de 1994, a data ficou conhecida como o Dia do Exército Brasileiro.

No livro “A Invenção do Exército Brasileiro”, o autor Celso Castro avalia a importância da Batalha dos Guararapes como sendo aquela que fez surgir a imagem desta força armada e a ideia de cooperação entre pessoas de diferentes grupos, pela defesa do território contra um inimigo estrangeiro, reforçando, dessa forma, a ideia de nacionalismo brasileiro.